terça-feira, 4 de janeiro de 2011

DEI VERBUM


Introdução:

A Dei Verbum significa Palavra de Deus, uma das 4 constituições que saíram do concilio Vaticano II, e é um documento vasto e complexo, tal é a sua densidade do texto, sobre a Divina revelação, ao qual envia-nos para a vontade do próprio Deus que se revela. Este documento é o mais importante do Concilio ao qual deu muito trabalho, derivado á discussão e redacção.


Concilio:

O Concilio Vaticano II preocupou-se com a vida do Povo de Deus. Quis pôr em evidência a Palavra de Cristo, viva e operante no Espírito Santo e acender a fé. Ainda hoje este documento é importante na Nova evangelização. A Dei Verbum foi difícil e cheia de polémicas. Começou em 1959 e acabou antes de terminar o concilio. Houve várias redacções mas foi o último a ser promulgado. Este concilio tratou especialmente o tema da fé cristã, e fez uma adaptação para os tempos de hoje. Ao nível da doutrina, é a fonte do concilio e de todos os textos, um autêntico tesouro. Hoje em dia este documento tem sentido para a Igreja na adesão à Palavra revelada por Deus. Foi este um dos mais graves problemas desde o século XVI e tenta-se aproximar da Tradição e do Magistério. Também por isso convida-nos a um estudo da Sagrada Escritura para conhecer Cristo.


Antecedentes:

Derivado á critica na interpretação dos textos bíblicos, a relação entre Igreja e Magistério foi difícil, e produziu reacções negativas. O principal problema começa com a Época da Reforma, com o protestantismo. Lutero abria caminho para o livre exame da Escritura sem olhar para a Tradição da Igreja e para o Magistério. Perante isto o Concilio de Trenco definiu o cânone longo e considerou a Tradição como o “guarda” da Palavra. Contudo isto fez afastar muitos fieis da Sagrada Escritura. Houve pessoas que interpretaram a Bíblia como um livro protestante.


Concilio Vaticano I:

1869-1870 - Surge a Constituição Dei Filius que trata o problema da natureza da Revelação Divina a interpretação autêntica da Igreja e reafirma o Cânon de Trenco; a realidade dos milagres da Sagrada Escritura. Durante o Concilio Vaticano I e II apareceram 3 encíclicas sobre a Bíblia: 1843 «Divino Affante Spiritu» reconhece o método histórico-critico e anima a respeitar os géneros literários: 1893 «Providentissimus Deus» incentiva a leitura das Escrituras: 1920 «Spiritus Paraclitus» aborda a questão da inspiração e da inerrância bíblica e aborda a questão dos géneros literários. Durante o concilio a Comissão Pontifica Bíblica publicou uma instrução sobre a verdade histórica dos evangelhos, e pedia-se aos investigadores algum rigor nos métodos histórico-critico, e foi um avanço. As constantes afirmações do Magistério impediram que surgissem controvérsias, por isso os padres conciliares viram-se enfrentados com algumas dificuldades.


Controvérsias sobre orientação da Dei Verbum:

1 - «Fonte da Revelação» Os grupos tradicionalistas apresentaram um esquema conservador, mas os padres foram contra. Derivado a esse problema o Papa João XXIII á noite retirou o documento e formou uma nova comissão mais equilibrada. A Dei Verbum tem afirmações sobre a relação entre a Escritura e a Tradição, mas também é muito clara sobre a importância da Sagrada Escritura para toda a vida da Igreja. O Papa João XXIII antes de começar o concilio nomeou um cardeal para contactar todo o episcopado de todas as nações, para fornecerem concelhos e sugestões, traçar linhas gerais dos temas a tratar no concilio e ver os pareceres das universidades católicas, consulta esta que nunca se tinha realizado. O principal problema que ressaltou foi sobre a “natureza da revelação”, da “modalidade de transmissão da Revelação” e da “ relação entre Magistério e a Palavra de Deus”. Depois disto a comissão elaborou um esboço de esquema de preparação, e os membros da comissão teológica não lhe deram grandes retoques. Mais tarde foi nomeado um Monsenhor para preparar um esquema sobre as fontes da Revelação. Depois de tudo isto e de feito uma revisão pela comissão teológica, foi enviado para exame da comissão central, ao qual fizeram-se alguns reajustamentos. Por fim foi aprovado pela comissão central e enviado para o Papa João XXIII que aprovou e enviou para os padres conciliares. Assim que foi confrontado o concilio com o documento os padres iniciavam um clima de aggiornamento como fruto do concilio, e a discussão sobre a renovação litúrgica dava os seus primeiros resultados. Também havia outro facto. Previamente tinham sido apresentados aos padres conciliares outros 3 esquemas, e o Cardeal na apresentação oficial do documento lançou tons polémicos em defesa do esquema elaborado pela comissão teológica. Assim começou a aquecer o ambiente; e alguns achavam que o esquema da comissão teológica era inaceitável; outros preferiram destacar as lacunas e pediam uma transformação radical. A destacava-se a linguagem imprópria da “dupla fonte” e demonstravam que essa formulação levava a consequências doutrinais que viam a Escritura e a Tradição como independentes uma da outra. Depois de consultados os padres conciliares sobre se deviam interromper a discussão do esquema da Constituição Dogmática sobre as Fontes da Revelação, as votações repartiram-se e não se conseguiu a maioria de 2/3 por poucos votos e o debate ficou seriamente comprometido e o Papa João XXIII retirou o documento até que não fosse radicalmente revisto.

2 – O texto da «Comissão Mixta» A remodelação do esquema, por decisão do Papa João XXIII, foi entregue a uma comissão especial onde se encontravam as duas tendências equilibradas, e por isso se chamou mixta. Esta repartiu-se em pequenos grupos e dividiram em 5 capítulos. 1- mudou-se o titulo na estrutura do novo documento De Divina Revelatione; 2- fez-se uma redacção sobre a doutrina da Revelação; 3- mudou-se o titulo de ‘as 2 fontes da Revelação’ para ‘a Palavra de Deus Revelada’; Esta comissão evitou a ‘preponderância’ da Tradição face á Escritura. A verdadeira discussão andou á volta dos 2 primeiros pontos: o titulo do documento e a redacção sobre a doutrina da Revelação. Em primeiro havia falta de coerência e muita pressa e no segundo examinou-se a relação do depósito revelado com a Igreja e o Magistério. O novo esquema foi aprovado pela comissão e depois enviada para os padres conciliares comentarem. O novo texto foi uma desilusão e não teve lugar nas discussões do concilio porque os padres acharam que o texto tinha que levar remodelações sem se desligar da sua estrutura fundamental.

3 – «Elaboração do Novo texto» Foram os peritos que aguentaram o trabalho da subcomissão, tendo que juntar todas as observações que chegavam de diversos lugares: padres, conferencias episcopais, para que fosse um espelho de todo o concilio. O texto elaborado dava um tom de pastoral e repartia-se em 6 capítulos: 1- «A Revelação em si mesma»; 2- «A transmissão da Revelação divina»; 3- «A Inspiração divina e a interpretação da Sagrada Escritura»; 4- «O Antigo Testamento»; 5- «O novo testamento»; 6- «A Sagrada Escritura na vida da igreja». Assim este esquema parecia contentar a todos, mas mesmo assim fizeram-se algumas correcções sem alterar o texto de base. O texto foi apresentado com segurança na ultima etapa e posto a votação recebeu quase a unanimidade dos padres. Com a assinatura do Papa Paulo VI e de todos os padres presentes, nasceu o documento sobre a Divina Revelação, após 6 redacções oficiais diferentes e tornou-se numa Constituição dogmática. O Papa Paulo VI afirmou que era o inicio da Vida Nova na Igreja, e um documento de inestimável valor para guiar e renovar a Igreja.


Esquema da Dei Verbum:

É composta por 6 capítulos:

1- «A Revelação em si mesma»;
2- «A transmissão da Revelação divina»;
3- «A Inspiração divina e a interpretação da Sagrada Escritura»;
4- «O Antigo Testamento»;
5- «O novo testamento»;
6- «A Sagrada Escritura na vida da igreja».

Começa a constituição com a citação bíblica de 1Jo 1, 2-3 e se testemunha a continuidade dos Padres conciliares com os Concílios de Trenco e o Vaticano I.

1capitulo-«A Revelação em si mesma»; Fala no mistério do amor de Deus e o chamamento que nos faz a estar em comunhão com Ele, através do Seu Filho Jesus Cristo que é o mediador de toda a Revelação até ao final dos tempos, ao qual temos que responder com fé e entregarmo-nos completamente a Ele. Constituição é um documento Pontifico, Dogmática indica-nos o caminho a seguir respeitando a experiência e a verdade para iluminar o Povo de Deus. Divina Revelação abrange toda a Revelação e não apenas um texto escrito, mas uma revelação histórica que culmina em Jesus Cristo, ontem e hoje. A Escritura tem um lugar fundamental mas não exclusivo.

2 capítulo – «A transmissão da Revelação divina» Fala da transmissão da Revelação e ultrapassa a questão das 2 fontes, pondo em relevo a relação entre Escritura e Tradição e entre estas o Magistério da Igreja. Este foi o tema mais discutido pelos padres conciliares. Por um lado a Escritura e por outro a postura da Igreja após o Concilio de Trenco. Este capítulo reparte-se em dois a 1ª parte trata da transmissão da Revelação e a 2ª parte da Tradição. A Dei Verbum realça a unidade do depósito da Revelação nas duas modalidades A Igreja não retira unicamente da Escritura a certeza do que foi revelado, mas a Tradição é necessária para a transmissão e para além disso dá a conhecer á Igreja o cânone dos livros Sagrados para melhor serem compreendidos. Sobressai o papel do Magistério para o depósito da Revelação, não estando acima da Palavra de Deus, mas ao seu serviço. Por fim a Tradição, a Escritura e o Magistério são um só, mas nenhum se sobrepõe aos outros.

3 capítulo – «A Inspiração divina e a interpretação da Sagrada Escritura» Fala essencialmente da Inspiração da Sagrada Escritura e a acção do espírito Santo. Deus e o homem são os “autores” da Escritura, mas de maneira diferente. Fala também da verdade na escritura, e o Concilio esclarece o que se entende por verdade Bíblica. As verdades bíblicas são da ordem da nossa salvação. Esclarece também a relação entre a investigação bíblica e o Magistério. Aborda a interpretação e critérios que deve seguir a hermenêutica actual, e dá os fundamentos da critica histórica. Sublinha a historicidade da Revelação e a sua transmissão sob forma humana e determina o papel importante dos exegetas no processo que conduz às decisões do Magistério.

4 e 5 capítulo – «O Antigo Testamento» e «O Novo Testamento» Fala do Antigo e Novo Testamento, da união entre os dois, da Antiga Aliança e Nova Aliança sendo inspirados pelo mesmo Deus e autor. O Concilio no Novo Testamento realça o carácter histórico que possuem os Evangelhos. A Constituição retoma o princípio da unidade entre ambos Testamentos, e exclui o pensamento da descontinuidade. Esta unidade não é rígida, uniforme, mas dá alguma flexibilidade ao Novo Testamento. O Antigo testamento que contém a História da Salvação, por si só não tem a plenitude. Prepara a vinda de Cristo e tudo aponta para Ele. Por isso adquirem a sua significação plena no Novo Testamento com a morte e Ressurreição de Cristo e são ambos beneficiados. O Novo Testamento é rico em doutrina e a Palavra de Deus tem maior importância. Sobressaem os Evangelhos que são de origem apostólica. O N.T também trata de um tema controverso que é a historicidade dos evangelhos. A igreja afirma que os Evangelhos «narram fielmente» a presença e obra de Jesus Cristo: o Jesus da história e o Cristo da fé, sendo uma e mesma pessoa.

6 capítulo – «A Sagrada Escritura na vida da igreja» Fala dos critérios que a igreja tem que ter na relação com a Sagrada Escritura. Afirma que as Escrituras são a «regra de fé» (Tradição) e que a Teologia é fundamentada na palavra de Deus escrita, como na Sagrada Tradição. É o capítulo mais pastoral e menciona a veneração que a Igreja sempre teve pela Sagrada Escritura. Chama a atenção para os deveres dos exegetas e teólogos. A Igreja esforça-se por compreender e aprofundar cada vez mais a Escritura para poder alimentar melhor os seus fieis com a Palavra de Deus. Fomenta também o estudo dos Padres da igreja e o estudo da Liturgia. Também informa que a Escritura deve ser a alma da teologia e aconselha a leitura assídua da Escritura pois quem não conhece a Escritura, não conhece a Cristo. Informa das relações entre Escritura e Igreja que nem sempre foram fáceis, dum lado a reforma Protestante com Bíblia sem Igreja, do outro a Igreja Católica sem Bíblia. O Concilio Vaticano II fundiu os dois elementos essenciais do cristianismo e assim também abre o interesse para o diálogo ecuménico com os protestantes.


Características globais da Dei Verbum:

O essencial do cristianismo estão expressas na Dei Verbum: a revelação, a Tradição e a Inspiração. Tem uma linguagem acessível a todos os cristãos. A Dei Verbum esclarece vários pontos como: os aspectos da Revelação e Tradição - adesão á fé e a entrega da pessoa ao Deus que Se revela - a Igreja tem o dever de interpretar a Sagrada Escritura – esclarece a relação entre Magistério, Escritura e Tradição – fala-nos da Inspiração e verdade da Escritura – define o género literário para a compreensão dos textos bíblicos – lembra-nos da unidade entre os 2 testamentos – restitui à Escritura o seu lugar no que diz respeito ao ensino, na vida litúrgica da Igreja e da piedade dos fieis. = chama-nos a atenção do papel de Cristo como Deus revelado – a resposta à fé – as maneiras da transmissão – as relações de Escritura e da Tradição com a Igreja e o Magistério – não descora nenhum aspecto. – A Revelação é uma acção e intervenção divina de Deus na história – aborda a condescendência de Deus que para Se revelar, escolheu o caminho da história e da Encarnação, que é uma característica que distingue a Revelação crista. = No prémio encontramos elementos dos capítulos 1 e 2 da Revelação em si mesma e da Transmissão da Revelação Divina 119 ao 128; no capítulo 3 a Inspiração da Sagrada Escritura e a sua interpretação no 4 e 5 Antigo e Novo Testamento e por fim no 6 de uma maneira + pastoral a importância da Sagrada Escritura em toda a vida da Igreja aconselhando-nos a lê-la e a meditá-la para a aplicarmos na nossa vida do dia a dia. = O Concilio dá aos teólogos a liberdade para discutir problemas ainda por resolver. = apresenta-nos uma visão cristológica, personalista, antropológica e trinitária e esta está no 130 e 131. = A referencia á trindade, dá um cariz personalista com vários termos (palavra, diálogo, participação, amizade, amor. Deus tem uma relação com o homem de pessoa a pessoa quando interpela, fala-lhe, dialoga, manifesta os seus mistérios da sua vida intima para ter uma relação de amor. O homem responde-Lhe com a fé. = É na Igreja que o Evangelho se conserva intacto e vivo 132, e se perpetua e transmite o que recebeu dos apóstolos, ensino, vida e culto. Pelo estudo e contemplação caminha para a verdade da Palavra de Deus, e assim Deus mantém o contacto ao longo dos séculos sendo esta serva da Palavra e não dona da Palavra. = A Revelação é uma ao manifestação e doação de Deus, que culmina em Jesus Cristo como autor, mediador, plenitude e sinal da Revelação. Pela fé em Cristo e no seu Evangelho, entramos na vida do Pai, do Filho e do E. Santo. Toda a Teologia da Revelação empobreceu-se aos longo dos séculos devido ao afastamento das suas fontes.


40 anos depois:

A Dei Verbum, ao longo destes 40 anos tem produzidos muitos frutos na vida da Igreja. Redescobriu-se o papel importante da Sagrada Escritura na vida da igreja e dos fieis ao qual toda a pastoral deve ser baseada nela, derivado á importância dada à Palavra de Deus na liturgia e nos seus leccionários. Cursos bíblicos e outras actividades a nível das comunidades. Lê-se, comenta-se, analisa-se textos bíblicos em vários contextos, desde publicações, + cursos bíblicos, utiliza-se os meios de comunicação social, através da informática e outros. Multiplicaram-se as traduções bíblicas mesmo com outras religiões. Também houve iniciativas como a «bíblia manuscrita» que teve uma grande adesão das pessoas e ao qual tiveram um contacto com ela. Toda a catequese está estruturada a partir da bíblia hoje em dia, havendo mesmo cursos de formação para catequistas e clérigo. Instituições e federações que se criaram a nível mundial, para uma maior difusão da bíblia passando por escolas métodos e pedagogia de leitura abraçando assim muitas pessoas que formam uma rede viva na implementação e conhecimento da bíblia. Apareceram também duas encíclicas uma sobre a interpretação da bíblia e outra sobre a evangelização no mundo de hoje. Contribuiu a bíblia para uma nova visão da igreja, antes era um guia, hoje dá-se importância á Palavra de Deus. Que fala em cada época histórica determinada. A Revelação entra na vida do homem na sua relação com Deus que responde com a fé. A escritura e a Tradição nascem da mesma fonte que é Cristo, através das suas palavras e obras, e a Escritura e a Igreja interligam-se, não podendo existir uma sem a outra. A Bíblia liga os cristãos entre si e abre o diálogo com os não cristãos, abrindo assim o caminho ecuménico.

Ainda falta fazer: A Escritura e Tradição, ainda é por vezes ignorado. Fazer com que a bíblia chegue ás pessoas na sua língua materna, ainda não chega a todos, e pensar também nos cegos ou surdos. Eliminar o receio dos cristãos de falar da bíblia, pois ainda há muito receio. O clero não pode continuar com o monopólio da bíblia nem com a sua explicação, tem que delegar cada vez + nos leigos. Incentivar + a leitura assídua da bíblia acompanhada da oração, para permitir o diálogo com ela e com Deus mais interiormente, e assim fará com que haja + espiritualidade. Apesar da aproximação da bíblia ao Povo de Deus, ainda há católicos que a desconhecem ou não passa de um livro de prateleira. Formar ministros da Palavra com formação especifica, semelhante aos ministros de comunhão, acólitos. Pensar em criar uma catequese de adultos permanente, onde hoje em dia é cada vez + necessário derivado ao atropelo permanente de valores devido á globalização que vivemos.



Conclusão:

A Dei Verbum é um documento pequeno mas rico em conteúdo. Foi um nascimento muito difícil devido ao que vinha de trás e ao qual criava muita incerteza nos padres conciliares, mas também uma grande abertura para o mundo de hoje, mas por vezes esquecida ao comparar com outras constituições. A igreja tem que saber o que Jesus Cristo diz, para saber o que ela é, e o que Deus quer dela. É um documento que nos diz com Deus vem ao encontro do homem e lhe fala. A Sagrada Escritura apresenta-nos a história da salvação desde a sua criação, centrada em Cristo até ao fim dos tempos. Recupera o ensinamento do anterior magistério e lança-nos para o futuro. Tudo deve ser centrado em Deus através de Jesus Cristo. Jesus Cristo não é só o Revelador mas também a própria Revelação. A igreja e o Magistério devem estar á escuta permanente da Palavra de Deus. Deus falou aos homens por meio deles e á sua maneira. A Escritura pode conter erros mas a verdade nela contida são para nossa salvação. Deus paciente, leva e conduz o seu Povo de mão dada. Este documento teve uma preocupação ecuménica. Os católicos de há 40 anos davam pouca importância á Escritura ao contrário dos protestantes, e assim veio lembrar aos católicos da sua importância. Devemos olhar para o passado, compreender o presente para podermos construir o futuro.


Hélder M. Gonçalves
 

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